Treino é treino... Jogo é jogo

Um guia de alpinistas que nunca escalou uma montanha sequer, é confiável? Um instrutor de voo que nunca pilotou um avião lhe parece impossível? Um professor de procedimentos cirúrgicos que nunca realizou uma cirurgia soa estranho?

 

O oceano de informações (confiáveis ou não) disponíveis hoje à distância de alguns cliques tem facilitado a formação de ‘especialistas’ nas mais diversas áreas do conhecimento. Por outro lado, é de se estranhar que alguém sem a menor vivência em algum tema específico pretenda transmitir exatamente sua ‘experiência’. E vemos isso o tempo todo.

 

No mundo editorial o fenômeno do ‘especialista sem experiência’ é bastante comum também. Livros e mais livros são escritos sobre os mais diversos assuntos, nem sempre por autores que, de fato, vivenciaram aquilo que procuram transmitir. É certo que experiência sem fundamentação também não é suficiente. E experiência de qualidade é o que conta.

E o que fazer para selecionar um bom autor, um bom guia, um bom orientador?

Gostaria de compartilhar alguns pontos que considero importantes (longe de serem definitivos) quando decido investir o meu tempo e confiar meu aprendizado nas palavras de um especialista:


1)    Qual a experiência do autor/orientador/palestrante/mentor/coach? Ele de fato é exemplo de aplicaçãodaquilo que indica? Tem sido bem-sucedido?


2)    Esse profissional é bem referenciado por especialistas confiáveis?


3)    Suas ideias são demonstradas com fundamentação adequada, ou são apenas opiniões criativas?


4)    Ter diplomas e certificados não significa ter experiência. Qual a vivência do especialista?



E por que a experiência é tão importante?

As ideias, por si só, não movem o mundo. Não nos movem em direção aos nossos objetivos. São as ações que nos impulsionam. Aprender com alguém que não teve experiência, muitas vezes significa se limitar ao mundo das ideias. Ideias são necessárias, mas não suficientes. Há uma imensa quantidade de variáveis práticas que somente o conhecimento implícito, interno ao especialista, polido através de inúmeras experiências de erros-e-acertos, poderia coordenar.

 

E então eu lhe pergunto...  Você conhece um bom instrutor de oratória que não tenha experiência? Um instrutor de negociação que nunca negociou em situações desafiadoras é interessante? Um palestrante ou autor que ensine princípios de liderança sem ter liderado uma equipe sequer é uma boa referência? Verifique sempre. Treino é treino, jogo é jogo.


Abraço, e sucesso!

Adriano Pedro Bom
Sócio Diretor da Propter Desenvolvimento Gerencial
Educação Corporativa

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